Idosa que matou marido com veneno em Selvíria é denunciada pelo MP

Aparecida Graciano de Souza, suspeita de matar o marido Antônio Ricardo Cantarim, de 63 anos, envenenado e depois jogar os restos mortais dele em uma mala, na BR-158, foi denunciada pelo Ministério Público de Três Lagoas, onze dias após o crime.

O promotor Luciano Anechini Lara Leite apresentou a denúncia de homicídio qualificado por motivo torpe, emprego de veneno e mediante dissimulação, além do crime de destruição e ocultação de cadáver.

A medida foi baseada no depoimento de Aparecida. Ela contou que ambos discutiam bastante porque o idoso “não a valoriza” e que por isso decidiu dar veneno de rato para ele, fingindo ser remédio para a barriga.

Ainda conforme a mulher, ela passou a tarde inteira conferindo, a cada 5 minutos, se a vítima ainda estava viva após envenená-la.

Crime

Caso veio à tona no dia 25 de maio, quando parte do corpo do idoso foi encontrado em uma mala às margens da BR-158. Dias depois, em conversa com a polícia, a suspeita acabou confessando o crime. Na ocasião, disse ao delegado que teria matado o companheiro por conta dele ter um AVC (Acidente Vascular Cerebral).

“A suspeita confessou que em um momento de estresse cometeu o delito. Durante o depoimento, a mulher poucas vezes demonstrou arrependimento. Foi muito fria no depoimento. A vítima necessitava de cuidados especiais, e, em depoimento, a suspeita disse que estava ‘cansada de cuidar’ do marido”, comentou o delegado Felipe Rocha.

defesa de Aparecida negou que o motivo do crime tenha sido o estado de saúde da vítima, mesmo com o depoimento dela. Além disso, os advogados disseram que a mulher estava “extremamente abalada com a situação” e precisou de atendimento psicológico dentro da unidade prisional.

A sobrinha de Antônio, Márcia Dias, contou que o idoso começou a se relacionar com a suspeita há pouco mais de dois anos. Ainda de acordo com ela, nos últimos meses a vítima estava distante da família, que se surpreendeu com o crime.

“Meu tio sempre foi uma pessoa alegre e carinhosa com toda a família. Mesmo com as limitações do AVC, ele nunca reclamava de nada. Dói muito pensar no quanto ele sofreu e a tortura que passou com esse crime bárbaro”, afirmou.

Procurada após a denúncia do Ministério Público, a defesa da suspeita disse que ainda não teve acesso à denúncia.

A mulher segue presa no Estabelecimento Penal Feminino de Três Lagoas.

Créditos: Primeira Página

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Joel de souza

Radialista a mais de "48" anos na cidade de Corumbá, Joel trabalhou na Rádio Clube, Difusora e FM Pantanal, fez grandes coberturas como o Carnaval de Corumbá.