Chuva segue causando transtornos no Rio Grande do Sul enquanto moradores ainda se recuperam de enchentes

Moradores de Bagé acordaram com uma forte chuva de granizo. Em Alvorada, desde a semana passada, pelo menos mil pessoas já tiveram que sair de casa, segundo a Defesa Civil.

A chuva causou mais transtornos neste sábado (23), no Rio Grande do Sul, enquanto moradores ainda se recuperam das enchentes que deixaram 49 mortos e milhares de desabrigados.

Moradores de Bagé, na região sul, acordaram com uma forte chuva de granizo. A Defesa Civil recebeu milhares de relatos de telhados e carros danificados pelas pedras.

A chuva também causou alagamentos na região metropolitana de Porto Alegre. Em Alvorada, desde a semana passada, pelo menos mil pessoas já tiveram que sair de casa, segundo a Defesa Civil.

Na fronteira oeste, aproximadamente 700 pessoas continuam fora de casa por conta das cheias dos rios.

O Vale do Taquari, região mais afetada pela enchente que atingiu o estado há quase três semanas, também está em alerta.

A Defesa Civil em Roca Sales redobrou o monitoramento do rio que ainda está num nível preocupante.

“Não para de chover, a terra tá encharcada e o nível do rio ainda não tá no normal. Faz com que o rio venha a ter uma elevação né, a gente não pode falar em proporção de cheia ainda, mas pela quantidade de chuva que está marcando a gente pode ter ainda uma pequena cheia”, disse Cleber Fernando dos Santos, coordenador da Defesa Civil de Roca Sales.

As doações que vem de vários locais do brasil estão ajudando milhares de pessoas.

Neste sábado (23), o prefeito de Muçum fez um apelo.

“Concentrem as energias talvez em outros produtos como moveis e eletrodomésticos que nós temos uma demanda bastante grande, mas que nesse momento a gente pede por favor que não encaminhem roupas e alimentos porque não temos onde estocar”, disse Mateus Giovanoni Trojan”, prefeito de Muçum (MDB)

O seu Domingos perdeu a casa onde morava, e a uma outra residência que ele tem em Muçum foi condenada pela Defesa Civil.

“Minha casa foi tudo embora, levou barracão, levou gaita, levou frigideira, levou tudo embora”, disse Domingos Jaime Fontana, aposentado.

As equipes técnicas das prefeituras estão procurando terrenos em áreas mais seguras porque as casas não serão reconstruídas onde estavam antes, isto em razão do risco de novas enchentes. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul fez um levantamento de toda a situação e concluiu que pelo menos dez mil imóveis do Vale do Taquari foram afetados.

Com ajuda de voluntários, militares e bombeiros, moradores conseguiram limpar a maior parte das principais ruas. Os prefeitos implantaram o aluguel social que prevê pagamento de ate 800 reais por mês para o dono do imóvel.

A Fernanda ganhou um novo local pra morar. E deseja um novo futuro.

“Fututo bom, não morar ali perto do rio, porque o restante a gente trabalha, a gente educa. E o melhor de tudo, nao só pros meus filhos, mas pros outros filhos também lá de toda comunidade lá do bairro e das mãezinhas que querem o bem melhor”, disse Fernanda da Rosa, dona de casa.

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Joel de souza

Radialista a mais de "48" anos na cidade de Corumbá, Joel trabalhou na Rádio Clube, Difusora e FM Pantanal, fez grandes coberturas como o Carnaval de Corumbá.