O Instituto Moinho Cultural Sul-Americano saiu do Festival Internacional de Dança de Goiás premiado. Três bailarinos participaram do festival e tiveram suas coreografias reconhecidas.

Ao todo eles receberam cinco medalhas, em diversas categorias. O bailarino Marcos Souza recebeu três medalhas, sendo uma de primeiro lugar na categoria Contemporâneo, com a coreografia Epiderme, de Pedro Barros; e duas de terceiro lugar: no Jazz, com a coreografia Fuga, de Frantiely, e no Clássico, com a variação masculina de La Fille Mal Garde.

Já a bailarina Yasmin Rodrigues foi premiada com o terceiro lugar no Clássico, com a variação feminina do ballet de repertório A Escrava e o Mercador. O bailarino Pedro Barros também ganhou medalha de terceiro lugar com o Gran Pás de Deux, do ballet Diana e Acteon, acompanhado da bailarina Yasmin Rodrigues.

Para o bailarino Pedro Barros, apesar de tantas premiações, a experiência e o aprendizado foram o ponto alto. “Enquanto estivemos lá, conhecemos muitos outros bailarinos, vimos eles dançarem em várias modalidades, tivemos contato com culturas diferentes. A gente procurou absorver o máximo”, conta.

“Além disso, acompanhamos de perto a conexão dos bailarinos dos outros grupos. A força, a garra, a entrega deles para fazer o melhor dentro do palco. O apoio que tinham com o outro. E também trabalhamos em equipe. Éramos uma equipe: não só dançamos como apoiamos na hora da apresentação do outro. Estamos em constante transformação e aprendizado, mais uma coisa que agregamos ao nosso trabalho”, complementa o bailarino.

A bailarina Yasmin Rodrigues explica que o Festival Internacional de Dança de Goiás foi intenso. “Tivemos uma semana inteira de muitos aprendizados, fizemos cursos com professores renomados, como Telmo Moreira e Bradley Shelver, também marcamos presença no coach de variação de repertório com os professores Telmo Moreira e Andreza Randisek, e ainda aproveitamos o palco maravilhoso do Centro Cultural Oscar Niemeyer. O festival contava com uma estrutura maravilhosa que nos acolheu e fez com que tivéssemos uma experiência dançante maravilhosa”.

Para a bailarina, as premiações dão visibilidade ao trabalho desenvolvido pelo Moinho Cultural há 18 anos.

“Fiquei muito feliz pelo reconhecimento do nosso esforço e trabalho, e muito grata por ter essa instituição que acredita e apoia os nossos passos”, destaca.

Já o bailarino Marcos Souza, ganhador de três medalhas, afirma que nunca irá se esquecer da experiência. “Só tenho a agradecer todos que me ajudaram nesta conquista. Foram sete dias corridos, de muita luta e glória. Espero conseguir participar de mais competições como essa”, comemora.

O Festival Internacional de Dança de Goiás é uma realização do Studio Dançarte, em parceria com o Governo de Goiás e o Conselho Brasileiro da Dança (CBDD). Bailarinos de todo o Brasil apresentaram coreografias de ballet clássico, dança contemporânea, jazz, sapateado, danças urbanas, danças populares e estilo livre. Mais de mil bailarinos participaram do festival.

O Instituto Moinho Cultural Sul-Americano

O Moinho Cultural é uma OSC que oferece há 18 anos para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social de Corumbá, Ladário, Puerto Suarez e Puerto Quijarro, aulas de dança, música, tecnologia e informática. A formação integral oferecida pela instituição tem duração de até oito anos. O Moinho também atua na formação de intérpretes criadores para jovens e adultos, com a Companhia de Dança do Pantanal, Orquestra de Câmara do Pantanal e Núcleo de Tecnologia. A missão da instituição é diminuir a vulnerabilidade social na região de fronteira Brasil-Bolívia, por meio do acesso a bens culturais e tecnológicos. Desde o início das atividades, mais de 23 mil crianças e adolescentes já foram atendidos pelo Moinho.

Créditos: Folha MS